sábado, 28 de fevereiro de 2015

Evangelho 28/02/2015 - Amai os vossos inimigos

(Mt 5,43-48)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!
45Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”.
 
Deus ama a todos, incluindo aqueles que insistem no pecado, que teimam em fazer-se inimigos Dele. Jesus morreu por nós quando éramos ímpios (Rm 5,6). Amar o próximo exige fazer o bem também aos desafetos, a quem não nos damos bem, a quem nos persegue. Algumas vezes podem se tornar nossos amigos, outras não. Temos que continuar buscando um coração renovado, moldado conforme o Dele.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Evangelho 27/02/2015 - Cólera contra o irmão

(Mt 5,20-26)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus.
21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. 22Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘Patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno.
23Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta.
25Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.
 Jesus aprofunda nosso conhecimento da Lei de Deus. O quinto mandamento vai além de "não matar". Deus não quer rivalidades, inimizades, ofensas. Quando ofendemos e nos afastamos de alguém, muitas vezes aquela pessoa está "morta" para nós, e isso destrói a vida do próximo. Não podemos nos apresentar de consciência limpa diante do Senhor se magoamos um irmão.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Evangelho 26/02/2015 - Pedi e será dado

(Mt 7,7-12)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta! 8Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate a porta será aberta.
9Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? 10Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe? 11Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem! 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas”.
 Jesus nos ensina a ter confiança no amor, cuidado e providência do Pai. Somos crianças diante Dele, e Ele não nos recusaria o que fosse necessário para nós. Para isso, temos que reconhecer nossa pequenez e dependência, buscar momentos de oração, e não pensar que somos autossuficientes. Se nós, pecadores, sabemos cuidar dos filhos, quanto mais Deus, que é a fonte da bondade e amor infinitos.
Que amemos uns aos outros, como Jesus nos amou, e façamos o bem, pois é incoerência querermos ser bem tratados e prejudicar o próximo.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Evangelho 25/02/2015 - Maior que Jonas

(Lc 11,29-32)

Naquele tempo, 29quando as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: “Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas.
30Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. 31No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração, e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior que Salomão.
32No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas”.
 Jesus veio trazer uma mensagem de conversão para uma geração pecadora, mas teve que enfrentar a resistência de alguns. Ele mostrou o exemplo dos ninivitas, que acolheram a pregação de Jonas, e da rainha que buscou ouvir Salomão. É hora de refletirmos e levarmos a sério a palavra de Deus, pois ela nos transforma em novas pessoas, libertas do pecado, mas para isso temos que escolher o caminho da santidade. Isso começa nas pequenas decisões do dia-a-dia, na luta contra os vícios. E não estamos sozinhos, porque temos o Paráclito, o Espírito Santo ao nosso lado. Não desperdicemos a vida, pois teremos que prestar contas a Deus do que tivermos feito durante a passagem na Terra e dos dons que recebemos.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Evangelho 24/02/2015 - Pai nosso que estás nos céus

(Mt 6,7-15)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras.
8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, 13e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.
14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”.
 A oração deve ser sincera, de coração, e não apenas repetir palavras sem prestar atenção ou querer ser ouvido por falar bastante. Jesus nos ensina a oração perfeita, o Pai Nosso, na qual inclui os pedidos essenciais à vida humana: colocar Deus como prioridade, pedir a Ele o sustento necessário, material e espiritual. Jesus dá atenção especial ao perdão, pois fomos perdoados por Deus, nós que tínhamos uma dívida muito maior para com Ele, e assim não podemos negá-lo ao próximo.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Evangelho 23/02/2015 - O pastor separará ovelhas e cabritos

(Mt 25,31-46)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 31“Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. 32Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. 37Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? 38Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? 39Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’ 40Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’ 41Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. 42Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; 43eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar’. 44E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ 45Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ 46Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.


Vamos prestar contas a Deus do que tivermos feito. A santidade de vida é provada pela conversão interior, que produz frutos de justiça e caridade. A fé sem obras é morta (Tg 2,26) e não podemos ser indiferentes à necessidade dos irmãos. Jesus é defensor dos pobres, desprezados, esquecidos, e se coloca na figura deles, pois sofreu como eles no mundo.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Evangelho 22/02/2015 - Convertei-vos e crede no Evangelho

(Mc 1,12-15)

Naquele tempo, 12o Espírito levou Jesus para o deserto. 13E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre animais selvagens, e os anjos o serviam.
14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: 15“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”
 Antes de iniciar a pregação entre o público, Jesus jejuou e orou. Ele venceu as tentações do maligno. Isso nos mostra que só podemos vencer o mal e o pecado com a ajuda de Deus. Por nossas próprias forças, caímos facilmente nas ciladas. A missão de João Batista está perto do fim, e então o Senhor começa a pregar o Evangelho do Reino, que exige conversão da nossa parte, mudança de mentalidade, renovar o coração.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

O Purgatório

O Purgatório é um tema polêmico entre católicos e protestantes, porque o termo não está na Escritura, mas há a ideia de purificação após a morte.

Vejamos a explicação no Catecismo:

III. A purificação final ou Purgatório
1030. Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do céu.
1031. A Igreja chama Purgatório a esta purificação final dos eleitos, que é absolutamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativamente ao Purgatório sobretudo nos concílios de Florença (622) e de Trento (623). A Tradição da Igreja, referindo-se a certos textos da Escritura (624) fala dum fogo purificador:
«Pelo que diz respeito a certas faltas leves, deve crer-se que existe, antes do julgamento, um fogo purificador, conforme afirma Aquele que é a verdade, quando diz que, se alguém proferir uma blasfêmia contra o Espírito Santo, isso não lhe será perdoado nem neste século nem no século futuro (Mt 12, 32). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas neste mundo e outras no mundo que há de vir» (625).
1032. Esta doutrina apoia-se também na prática da oração pelos defuntos, de que já fala a Sagrada Escritura: «Por isso, [Judas Macabeu] pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres das suas faltas» (2 Mac 12, 46). Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos, oferecendo sufrágios em seu favor, particularmente o Sacrifício eucarístico para que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também a esmola, as indulgências e as obras de penitência a favor dos defuntos:
«Socorramo-los e façamos comemoração deles. Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício do seu pai (627) por que duvidar de que as nossas oferendas pelos defuntos lhes levam alguma consolação? [...] Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer por eles as nossas orações» (628).

625. São Gregório Magno, Dialogi 4, 41, 3: SC 265, 148 (4, 39: PL 77, 396).
627. Cf. 1, 5.
628. São João Crisóstomo, In epistulam I ad Corinthios homilia 41, 5: PG 61, 361.

Leia também:

http://www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/finados/20.htm

https://padrepauloricardo.org/episodios/o-purgatório

http://www.ofielcatolico.com.br/2001/05/existe-o-purgatorio.html

https://igrejamilitante.wordpress.com/2010/12/06/purgatorio-onde-esta-isso-na-biblia-saiba-onde/

Evangelho 21/02/2015 - São os doentes que precisam de médico

(Lc 5,27-32)

Naquele tempo, 27Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado na coletoria. Jesus lhe disse: “Segue-me”. 28Levi deixou tudo, levantou-se e o seguiu.
29Depois, Levi preparou em casa um grande banquete para Jesus. Estava aí grande número de cobradores de impostos e outras pessoas sentadas à mesa com eles. 30Os fariseus e seus mestres da Lei murmuravam e diziam aos discípulos de Jesus: “Por que vós comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?”
31Jesus respondeu: “Os que são sadios não precisam de médico, mas sim os que estão doentes. 32Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão”.
 Jesus convidou Levi, depois chamado Mateus, a segui-lo e mudar de vida. O futuro apóstolo aceitou o convite de coração aberto. No entanto, os fariseus não aceitavam estar na mesma mesa que um cobrador de impostos a serviço do império romano. Jesus não olha a origem, mas considera a pessoa em si e acolhe a todos. Ele veio para salvar e trazer a conversão aos pecadores, que somos todos nós, mas alguns se recusam a admitir por orgulho.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Evangelho 20/02/2015 - O noivo será tirado

(Mt 9,14-15)

Naquele tempo, 14os discípulos de João aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?”
15Disse-lhes Jesus: “Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão”.
 Quando jejuamos, o fazemos em um tempo de preparação, para dedicar nosso tempo a Deus. Os discípulos de Jesus estavam com o próprio Senhor, não havia motivo para o jejum naquele momento. Ele realizou o plano redentor do Pai e ascendeu aos céus, então ficamos sem sua presença física, mas sabemos que sempre nos acompanha, e que O reencontraremos no fim da vida terrena. Enquanto isso, continuamos na prática do jejum.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Evangelho 19/02/2015 - Perder a vida por Sua causa

(Lc 9,22-25)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 22“O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.
23Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. 24Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará.
25Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro, se se perde e se destrói a si mesmo?”
 Jesus nos exorta a renunciar à própria vontade, aos caprichos, abraçar as cruzes que recebemos na vida. Muitas vezes, queremos fazer tudo do nosso jeito, passar por cima dos outros, não suportamos as fraquezas alheias. O Senhor foi rejeitado, humilhado, ferido por nossa causa. Que aceitemos as dificuldades, que muitas vezes não podemos resolver, as pessoas com quem não nos damos muito bem, que saibamos agir como Jesus agiu.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Quaresma

A Quaresma é um período de 40 dias antes da Páscoa. Contemplamos o Senhor tentado pelo demônio no deserto, enquanto jejuava e orava. É tempo de penitência, reflexão, transformação. Pelo exemplo de Jesus, aprendemos a vencer as tentações que hoje nos afligem, e nos preparamos para o mistério da Paixão e Ressurreição. Encontramos no Evangelho as 3 principais formas de penitência: oração, jejum e esmola (Mt 6). Podemos também fazer outras, sejam pequenas ou grandes, mas com muito amor, para oferecer em sacrifício, mortificar os sentidos, e buscar viver como Ele viveu.

Quarta-feira de Cinzas

"Porque és pó, e pó te hás de tornar." (Gn 3,19)

Iniciamos a Quaresma com o rito da imposição das cinzas em nossa frente para recordarmos a necessidade de renovação espiritual neste período de 40 dias, e que nossa vida na terra é breve, tem um fim. Quando morrermos, prestaremos contas a Deus. A Quaresma é um momento de reflexão e conversão, mortificação dos desejos da carne e do ego. Vamos nos empenhar, com a graça de Deus, para aproveitar este tempo favorável à santificação.

Evangelho 18/02/2015 - O Pai vê o que está oculto

(Mt 6,1-6.16-18)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.
2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.
5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 6Ao contrário, quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.
16Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.
 
 Neste tempo de Quaresma, reforçamos as penitências, as meditações, com o pensamento voltado para a Paixão do Senhor. Jesus nos indica as três principais, e o modo de praticá-las, com uma importante exortação: fazer tudo para Deus, não para os homens. Se procuramos ser piedosos diante das pessoas, já recebemos a recompensa na terra, que são os elogios. A penitência feita secretamente é oferecida a Deus, que a recebe com boa vontade.
O jejum mortifica os desejos do corpo. A oração nos lembra que há Alguém maior que nós, que somos dependentes Dele. A caridade ou esmola nos ajuda a desapegar dos bens materiais, para que façamos uso deles a favor do próximo.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Evangelho 17/02/2015 - Falta de pão?

(Mc 8,14-21)

Naquele tempo, 14os discípulos tinham se esquecido de levar pães. Tinham consigo na barca apenas um pão. 15Então Jesus os advertiu: “Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”.
16Os discípulos diziam entre si: “É porque não temos pão”. 17Mas Jesus percebeu e perguntou-lhes: “Por que discutis sobre a falta de pão? Ainda não entendeis e nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido? 18Tendo olhos, não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais 19de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas? Quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?”
Eles responderam: “Doze”. 20Jesus perguntou: E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas, quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços? Eles responderam: “Sete”. 21Jesus disse: “E ainda não compreendeis?”
 
Os discípulos não compreendiam o que Jesus queria dizer sobre o fermento dos fariseus, e também ainda não entendiam quem era Aquele que estava com eles. O Senhor é quem nos dá a vida, quem cuida de nós, e somos dependentes Dele. Não podemos nos manter preocupados em excesso com os bens materiais necessários.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Evangelho 16/02/2015 - A esta gente não será dado sinal

(Mc 8,11-13)

Naquele tempo, 11os fariseus vieram e começaram a discutir com Jesus. E, para pô-lo à prova, pediam-lhe um sinal do céu. 12Mas Jesus deu um suspiro profundo e disse: “Por que esta gente pede um sinal? Em verdade vos digo, a esta gente não será dado nenhum sinal”. 13E, deixando-os, Jesus entrou de novo na barca e se dirigiu para a outra margem.
Os fariseus passaram a tentar a Jesus, querendo um sinal, apesar dos prodígios realizados e ensinamentos que só poderiam vir de Deus. Queriam um espetáculo, algo que pudessem ver para crer. Jesus, apesar de ter grande paciência, cansava-se da incredulidade, do coração endurecido daquele povo. Eles não queriam abrir-se à fé dos simples, dos convertidos, que viam Nele a salvação prometida. Hoje, ainda muitos se impressionam e seguem aqueles que fazem da fé uma atração, um show de "milagres", algo que satisfaça os sentidos, mas não atinja profundamente o coração.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Evangelho 15/02/2015 - Tens o poder de curar-me

(Mc 1,40-45)

Naquele tempo, 40um leproso chegou perto de Jesus e, de joelhos, pediu: “Se queres, tens o poder de curar-me”.
41Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero: fica curado!”.
42No mesmo instante a lepra desapareceu e ele ficou curado.
43Então Jesus o mandou logo embora, 44falando com firmeza: “Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!”
45Ele foi e começou a contar e a divulgar muito o fato. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade; ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo.
 Jesus vê a humanidade ferida pelas doenças, e aqueles que sofrem sendo isolados, muitas vezes rebaixados em sua dignidade humana. Os sofredores contam com a misericórdia do Senhor, o único que lhes atendeu, e entregam-se a Ele. Sabemos que há Alguém que pode nos curar, mas por teimosia, desânimo ou desespero, nos afastamos Dele, e preferimos lamentar a dor, a amargura, fechados em nós mesmos. Temos que confiar em Deus, deixar que se faça a vontade Dele, sabendo que Ele quer nosso bem, mas nem sempre conhecemos os meios.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Evangelho 14/02/2015 - Jesus alimenta 4 mil

(Mc 8,1-10)

1Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão e não tinha o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: 2“Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não têm nada para comer. 3Se eu os mandar para casa sem comer, vão desmaiar pelo caminho, porque muitos deles vieram de longe”.
4Os discípulos disseram: “Como poderia alguém saciá-los de pão aqui no deserto?” 5Jesus perguntou-lhes: “Quantos pães tendes?” Eles responderam: “Sete”.
6Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois, pegou os sete pães, e deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos, para que o distribuíssem. E eles os distribuíram ao povo.
7Tinham também alguns peixinhos. Depois de pronunciar a bênção sobre eles, mandou que os distribuíssem também. 8Comeram e ficaram satisfeitos, e recolheram sete cestos com os pedaços que sobraram. 9Eram quatro mil, mais ou menos. E Jesus os despediu. 10Subindo logo na barca com seus discípulos, Jesus foi para a região de Dalmanuta.
 O Senhor tem compaixão daqueles que têm fome. Ele quer contar conosco para alimentar os que precisam. Jesus veio dar vida em abundância, e alimenta tanto o corpo quanto a alma. É nossa missão saciar a fome dos necessitados, pois assim também o fazemos ao próprio Cristo (Mt 25,34-40).

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Evangelho 13/02/2015 - Cura do homem surdo e mudo

(Mc 7,31-37)

Naquele tempo, 31Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole. 32Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. 33Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida, colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. 34Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que quer dizer: “Abre-te!” 35Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade.
36Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. 37Muito impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas: Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”.
 O povo maravilhou-se ao ver que Jesus podia curar as enfermidades humanas, também aquelas que prejudicavam os sentidos. Podemos aprender a caridade para com o próximo: as pessoas levavam seus enfermos para serem libertados dos males, e assim devemos ajudar quem precisa de saúde, conduzi-los a Cristo, Aquele que nos restaura totalmente. Ele faz as coisas com perfeição, pois é o próprio Deus e nos ama muito, quer o nosso bem.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Evangelho 12/02/2015 - A fé da mulher pagã

(Mc 7,24-30)

Naquele tempo, 24Jesus saiu e foi para a região de Tiro e Sidônia. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguiu ficar escondido.
25Uma mulher, que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar de Jesus. Foi até ele e caiu a seus pés. 26A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. 27Jesus disse: “Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos”.
28A mulher respondeu: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”.
29Então Jesus disse: “Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha”. 30Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já havia saído dela.
 Jesus foi enviado primeiro à casa de Israel, como Ele afirma, mas depois revela o plano de salvação universal. A mulher não se importou em humilhar-se diante Dele, porque crê que Ele pode libertar sua filha da ação do demônio. Jesus conforta aquela mãe, mostrando que o milagre foi operado por meio de sua fé. Todos são chamados a ter fé em Cristo, não importa a distinção humana.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Evangelho 11/02/2015 - O que torna impuro o homem

(Mc 7,14-23)

Naquele tempo, 14Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: “Escutai todos e compreendei: 15o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. 16Quem tem ouvidos para ouvir ouça”.
17Quando Jesus entrou em casa, longe da multidão, os discípulos lhe perguntaram sobre essa parábola. 18Jesus lhes disse: “Será que nem vós compreendeis? Não entendeis que nada do que vem de fora e entra numa pessoa pode torná-la impura, 19porque não entra em seu coração, mas em seu estômago e vai para a fossa?” Assim Jesus declarava que todos os alimentos eram puros.
20Ele disse: “O que sai do homem, isso é que o torna impuro. 21Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, 22adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. 23Todas estas coisas más saem de dentro e são elas que tornam impuro o homem”.
 Jesus ensina uma grande verdade: as impurezas do homem surgem em seu coração. Fomos contaminados pelo pecado. Se nosso coração tem maus pensamentos e consentimos neles, somos impulsionados a cometer maldades. Só Deus pode limpá-lo verdadeiramente. Por isso, não adianta ter postura piedosa se não conseguimos controlar o que se passa dentro de nós. Jesus nos diz para limpar o interior, e então o exterior estará igual (Mt 23,26).

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Evangelho 10/02/2015 - Seguem tradições dos homens

(Mc 7,1-13)

Naquele tempo, 1os fariseus e alguns mestres da Lei vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus. 2Eles viam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado.
3Com efeito, os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos. 4Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre.
5Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram então a Jesus: “Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?” 6Jesus respondeu: “Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. 7De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos’. 8Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens”.
9E dizia-lhes: “Vós sabeis muito bem como anular o mandamento de Deus, a fim de guardar as vossas tradições. 10Com efeito, Moisés ordenou: ‘Honra teu pai e tua mãe’. E ainda: ‘Quem amaldiçoa o pai ou a mãe deve morrer’.
11Mas vós ensinais que é lícito alguém dizer a seu pai e à sua mãe: ‘O sustento que vós poderíeis receber de mim é Corban, isto é, Consagrado a Deus’. 12E essa pessoa fica dispensada de ajudar seu pai ou sua mãe. 13Assim vós esvaziais a Palavra de Deus com a tradição que vós transmitis. E vós fazeis muitas outras coisas como estas”.
 
Jesus criticou os fariseus por quererem aparentar piedade, seguir tradições, mas rejeitarem a Lei de Deus. Eles faziam intrigas, muitas vezes, por pequenas coisas, mas deixavam de lado a caridade, a justiça, e como vemos, até um mandamento divino. Esta advertência de Cristo serve para nos examinarmos: dizemos e não fazemos? Queremos mostrar uma face, mas somos outra pessoa quando não nos vêem?

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Evangelho 9/02/2015 - Todos ficavam curados

(Mc 6,53-56)

Naquele tempo, 53tendo Jesus e seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia, chegaram a Genesaré e amarraram a barca. 54Logo que desceram da barca, as pessoas imediatamente reconheceram Jesus.
55Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava.
56E, nos povoados, cidades e campos onde chegavam, colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra da sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam curados.
Jesus é identificado pelo povo como Aquele que traz a cura. Muitos vão a Ele com fé, pedindo que sejam libertados dos seus males. Precisamos colocar a nossa esperança em Jesus, não desanimar, nem desistir da libertação. Cristo pode restaurar nossa saúde física e espiritual; para isso temos que crer e fazer o que Ele nos disser (Jo 2,5).

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Evangelho 8/02/2015 - Todos O procuravam

(Mc 1,29-39)

Naquele tempo, 29Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André.
30A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus.
31E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los.
32À tarde, depois do pôr do sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 33A cidade inteira se reuniu em frente da casa.
34Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era.
35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto.
36Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 37Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”.
38Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”.
39E andava por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios.
 Jesus veio libertar a humanidade do mal, e Ele demonstra isso de várias formas, seja curando enfermos, expulsando demônios, pregando o Evangelho da salvação. A Boa Nova de um Deus que se fez homem nos impele a buscar a santidade, limpar nosso coração do pecado, pois o maligno procura agir principalmente no interior das pessoas e levá-las à perdição. E a salvação é universal, por isso Cristo prega em todas as redondezas, assim como a Igreja é enviada a evangelizar em todas as nações.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Evangelho 7/02/2015 - Ovelhas sem pastor

(Mc 6,30-34)

Naquele tempo, 30os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham tempo nem para comer. 32Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. 33Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé, e chegaram lá antes deles.
34Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.
Jesus teve compaixão do povo que buscava o sentido para a vida, um pastor para cuidar da multidão. Ele sacia a sede de Deus, revela a vontade do Pai, que são os valores do Evangelho. Não temos fome apenas de alimento material, mas de Alguém maior que nós, que preencha o vazio da alma. Fomos feitos para Ele e só repousamos Nele, como diz Santo Agostinho.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Evangelho 6/02/2015 - Prisão do Batista

(Mc 6,14-29)

Naquele tempo, 14o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tinha tornado muito conhecido. Alguns diziam: “João Batista ressuscitou dos mortos. Por isso os poderes agem nesse homem”. 15Outros diziam: “É Elias”. Outros ainda diziam: “É um profeta como um dos profetas”.
16Ouvindo isto, Herodes disse: “Ele é João Batista. Eu mandei cortar a cabeça dele, mas ele ressuscitou!” 17Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado.
18João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. 19Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. 20Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava.
21Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia. 22A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu te darei”. 23E lhe jurou dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”.
24Ela saiu e perguntou à mãe: “Que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 25E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”.
26O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. 27Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, 28trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. 29Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram.
 João denunciava o pecado e pregava o arrependimento. Ele não hesitou ao fazer o mesmo com o imperador. Herodes deixou-se levar pela sensualidade da filha de Herodíades e comprometeu a vida de um inocente. João morreu por defender a verdade, a Lei de Deus; foi vítima daqueles que quiseram continuar praticando o mal, que odiavam a luz. Combater o pecado é uma necessidade, porque ofende a Deus, coloca nossa alma em risco, faz mal ao próximo.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Evangelho 5/02/2015 - Os discípulos são enviados

(Mc 6,7-13)

Naquele tempo, 7Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. 8Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura.
9Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. 10E Jesus disse ainda: “Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. 11Se em algum lugar não vos receberem, nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles!” 12Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem. 13Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo.
 Jesus envia os apóstolos em missão de evangelização, pregando os ensinamentos divinos e libertando as pessoas da ação do demônio. Ele dá as instruções, e elas se resumem em pregar livremente, desapegado de preocupações materiais, com a certeza de que Deus providencia o que é necessário. O discípulo de Cristo leva a libertação, a Boa Nova de Deus que vai ao nosso encontro, e nos convida a confiar todas as áreas da nossa vida a Ele. Como disse Santo Tomás de Aquino, "ensinar alguém para levá-lo à fé é a tarefa de cada pregador e até de cada crente". A fé é a resposta à revelação do Senhor.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Evangelho 4/02/2015 - Jesus vai a Nazaré

(Mc 6,1-6)

Naquele tempo, 1Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. 2Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: “De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? 3Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?” E ficaram escandalizados por causa dele. 4Jesus lhes dizia: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”. 5E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. 6E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.
Jesus vai à cidade onde cresceu, Nazaré. Seus conterrâneos, por conhecerem Suas origens, não acreditaram que Ele pudesse ser o Messias, Aquele que realizava prodígios e ensinava com autoridade. Eles fecharam o coração e permaneceram em dúvida; assim, não puderam ver muitos milagres. É o que acontece quando as pessoas excluem Deus de sua vida, não permitem ser tocadas pelo divino, têm uma vida árida, ocupada por preocupações e prazeres mundanos. Julgam pessoas e circunstâncias pela aparência, não se abrem para algo ou Alguém maior. Temos que estar disponíveis para os planos de Deus e abertos para Suas surpresas.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Evangelho 3/02/2015 - A filha de Jairo

(Mc 5,21-43)

Naquele tempo, 21Jesus atravessou de novo, numa barca, para outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia. 22Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, 23e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!”
24Jesus então o acompanhou. Numerosa multidão o seguia e comprimia. 25Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com hemorragia; 26tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais.
27Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. 28Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. 29A hemorragia parou imediatamente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. 30Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” 31Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas: ‘Quem me tocou’?”
32Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo. 33A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade. 34Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”.
35Ele estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, e disseram: “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?” 36Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” 37E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando.
39Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. 40Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. 41Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” — que quer dizer: “Menina, levanta-te!” 42Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados. 43Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina.
O Evangelho de hoje nos mostra momentos de curas realizadas por Jesus. Vemos como Ele vence as piores doenças e a própria morte. Para isso, Ele quer contar com a nossa fé. Aquelas pessoas agraciadas enfrentaram obstáculos até encontrar a cura que precisavam, mas não perderam a esperança e acreditaram no poder de Deus presente em Jesus. Nem a morte deve nos desanimar, porque o Senhor ressuscitou e nos resgatou para a vida eterna. Pois Ele disse: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá." (Jo 11,25). Peçamos com fé a cura do corpo e da alma.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Evangelho 2/02/2015 - Apresentação do Senhor

(Lc 2,22-40)

22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”.
24Foram também oferecer o sacrifício — um par de rolas ou dois pombinhos — como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.
27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.
33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”.
36Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.
 
Celebramos no dia 2 de fevereiro a apresentação de Jesus no templo de Jerusalém, para o ritual da purificação. A mãe e seu filho não precisavam, pois não estavam contaminados pelo pecado, mas fizeram questão de cumprir a Lei. Os pais levam seu primogênito para ser consagrado ao Senhor. É um exemplo para todas as famílias: colocar os filhos sob a proteção de Deus. Muitos jovens não se desviariam do caminho certo facilmente se tivessem uma educação cristã firme.
Simeão, por ter andado no caminho da justiça, recebeu uma promessa de Deus e viu-a ser realizada. Ele não se importou com as aparências ao ver o Messias na figura de um recém-nascido, um menino simples, ao contrário de outras pessoas, que esperavam um Salvador político, guerreiro, grande aos olhos dos homens. Simeão profetiza maravilhas sobre o garoto, mas também uma futura dor para Sua mãe, o maior de todos os sofrimentos para ela: ver seu filho morrer numa cruz.
Outro exemplo de vida consagrada é Ana. Em sua viuvez, ela passou a servir a Deus, e já se encontrava em idade avançada. Também tinha fé suficiente para perceber a libertação enviada por Ele, e logo se pôs a anunciá-la àqueles que aproximavam-se. Precisamos dessa fé e atitude missionária. Há muitas pessoas necessitadas da mensagem da salvação.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Evangelho 1/02/2015 - Tu és o Santo de Deus

(Mc 1,21-28)

21Na cidade de Cafarnaum, num dia de sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar.
22Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei.
23Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: 24“Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”. 25Jesus o intimou: “Cala-te e sai dele!”
26Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu. 27E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!” 28E a fama de Jesus logo se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
 
Jesus começa a pregar nas sinagogas e entre o povo. Eles ficam maravilhados, pois reconhecem algo de divino Nele, em sua doutrina, no modo de ensinar a Lei de Deus. Essa admiração é confirmada ao verem um espírito maligno ser expulso pelo Senhor. Até os demônios sabem que Ele é Deus e O obedecem. No entanto, Jesus teve que enfrentar a desconfiança dos incrédulos, dos fariseus e mestres da Lei, que enxergavam apenas o homem e não contemplavam os prodígios como vindos do Pai.